O filme é fruto do projeto de pesquisa Scientia Opará, realizado por professores(as) de diferentes universidades federais em parceria com escolas estaduais e propõe uma investigação dos entrelaçamentos do saber popular com a ciência e a literatura, tendo como ponto de partida, os caminhos do rio São Francisco, incluindo os novos caminhos traçados pela transposição. O filme apresenta histórias e memórias do Rio São Francisco sob a perspectiva dos imaginários de alunos, professores, indígenas e ribeirinhos do nordeste, buscando dar visualidade a diferentes narrativas, tanto no âmbito do imaginário popular como no âmbito escolar, entrecruzando gerações que vivenciaram e ainda vivenciam experiências a partir do contato com Velho Chico.
Com diferentes imaginários apreendidos em cidades próximas ao rio, como Canhoba/SE, Canindé do São Francisco/SE, Piranhas/AL e Petrolina/PE, o filme busca em cada canto, um encanto, diante de muitas crendices que tornam o rio um senhor de mistérios. Visto como manso, outras vezes como traiçoeiro, o Velho Chico lava nossos pensamentos, deixando que deixemos leve nosso espírito. Sendo parte da natureza, ele é um senhor que já sente os impactos do tempo e da intervenção humana, mas possui muitos protetores, como a mãe d’água e o nego d’água, que não hesitam em desviar quem por ele não sabe navegar. Ambos flutuam em suas águas profundas e são revelados nessa produção, que é uma viagem especial, onde tem lugar quem nunca ousou abandonar os imaginários do rio Opará.
Efeitos Especiais: Erna Barros
